quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tempus




O tempo passa, transforma as coisas…
Num silêncio admiravelmente dominador,
Que só a elas pertence.

Molda novas formas, destrói umas,
Cria outras…

Com a mesma célere lentidão de sempre.

O Tempo.

Em si, nada é, nada contém, é vazio…

Desprovido de História ou Sentimento

É Nada


No entanto.
Ela é contentor do Tempo,
Criadora Dele…

Da mesma forma que a ferrugem se apodera teimosamente das suas entranhas,
Tal como o sol a si mesmo se consome.
Ela é o Tempo e o tempo é Ela,
fundem-se.


São o mesmo..



O Tempo.

O Universo…

..ao mesmo tempo...

(É-o.)








Fotografia de Leonor Figueiredo e Texto de Bruno Clemente


9 comentários:

Anónimo disse...

Até tenho receio de deixar um comentário desconexado, portanto cá vai.

Adoro.

desejo uma boa continuação.

Anónimo disse...

É sempre bom regressar e ver que cresceram, mantiveram-se fieis ao conteudo inicial.

com algumas 'ondulações', bastante interessantes.

há talento no ar.

Agora é preciso aproveitá-lo bem.

Anónimo disse...

e o tempo que me leva para apanhar o metro e dizer olá aos pinguins da somália? ou sera que o tempo que levo da sala ao wc passa mais depressa por estar aflitinho?
prego no prato!

agora falando a serio, o tempo sempre foi e sera um assunto polemico, gostei da abordagem, ha muitas, ha sim.
esta esta bastante boa

rodizio no forno!

C.M

leb disse...

"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tinha.

O tempo respondeu ao tempo que o tempo tinha o tempo que tem."

A lengalenga se calhar não é bem assim, mas agrada-me.

Como também me agrada mais este vosso post.

bjs * *

adivinha disse...

Após o flash das gravuras, agora a emoção das palvras.

A inversão dos papéis fica-vos bem.

Porque são verdadeiros.

Parabéns a ambos.

Anónimo disse...

Intenso, sublime, gosto bastante.
Mais uma vez vão para além do significado normal das palavras, da mesma forma que o tempo para mim é vivido de uma forma diferente da vossa, muito provavelmente.

Tudo tem um tempo, nada permanece eternamente, por mais que queiramos as coisas irão continuar a mudar para além do nosso controlo. É isso que dá vida ao tempo, vale a pena vive-lo. O momento.
Vem me à memória a musica dos queen de 1986 se não estou em erro, who wants to live forever (a kind of magic)
'But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is our today
Who wants to live forever
Who wants to live forever?
Forever is our today'
Para sempre é o nosso hoje, é aquilo que vale a pena ser vivido.

Nao podemos ficar presos ao passado ou ao futuro, na minha simples perspectiva, o presente é a convergência de todos os pontos, aquele que interessa.

Nada é eterno.
Tudo muda,
tudo se renova.

O discurso já vai longo, mais um post especial.

continuem.
parabéns aos dois.

Anónimo disse...

sharmlea! sharmlea! sharmlea! GENIAL!

eu gosto e isso basta-me.

vocês rulam muito.

Anónimo disse...

chronos comeu os filhos, simbolizando o tempo, que tudo devora.

e como dizes e muito bem, o tempo nao é nada e ao mesmo tempo é tudo.

keep going *

Manuela Caeiro disse...

Prometi voltar e aqui estou!
E gostei muito de ver que o vosso blogue cresceu com a força e beleza da fotografia e das palavras! De ambos...
Parabéns aos dois.